Brasil, por tudo!

Você ainda sabe o que é ser nacionalista?

El Derecho Al Delirio

Uma mensagem de Eduardo Galeano. Assista!

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domingo, 28 de maio de 2017

Uma proposta angustiante - Parte II

Olá, como vai?

Meu nome é Víctor Lemes, e esta será a segunda parte de uma proposta angustiante que comecei a escrever em novembro de 2010. Sete anos se passaram desde a última vez que escrevi sobre algo parecido, desde então, do mesmo modo que iniciei a primeira parte, digo o mesmo sobre o que vier nos próximos parágrafos: são todos baseados em experiências pessoais, e leituras diversas de livros que cruzaram meu caminho nesses sete anos, de filmes e documentários que assisti, e de histórias que ouvi e vivi. Devo também salientar que poderão haver argumentos contrários ou adversos à primeira parte, pois cresci em muitos sentidos, e há coisas que não concordo mais comigo mesmo de sete anos atrás.

A minha proposta angustiante vinha com um objetivo de trazer ao mundo uma visão de liberdade animal por meio da liberdade humana primeiro. E eu, aos meus vinte e um anos, propus o que Galeano diria ser uma utopia. Propus que criássemos uma sociedade sem dinheiro, que não houvesse preconceitos, e diversas outras coisas, mas eu só joguei ao vento meus desejos egoístas de como o mundo deveria ser ou ter sido, ao meu gosto. A solução, hoje aos meus quase vinte e oito anos, seria muito mais simples de se conseguir. Embora, tenha sido difícil conseguir.

Hoje, parto do princípio de que tudo está conectado. Tudo tem um propósito maior, e há coisas que não compreendo ainda o porquê, mas sinto que têm um objetivo positivo. Como Gandhi dizia, por mais que haja os inimigos, por mais que a maldade prevaleça centenas de anos, um dia, todos caem. Nada que é negativo dura para sempre. E também devo dizer que nada é imutável. Tudo caminha para cima, mesmo que pareça que andamos para trás. Há quem afirme que a humanidade tem andado para trás, mas eu prefiro pensar que apenas paramos. E estamos parados ou caminhando com passos de formiga sem vontade, há alguns mil anos…

Toda forma de escravidão e preconceito gerará escravidão e preconceito. Tolstói nunca esteve tão certo, quando disse que enquanto houver os matadouros, haverá campos de batalha. Assim como se ainda houver quem não goste ou odeie o Corinthians, o Palmeiras, o Botafogo, não poderá cobrar amor daqueles que lhe julgam os outros interesses, sejam eles sua opção sexual, seu gênero, sua cor, sua religião, seu nome. Hoje em dia, não posso cair na hipocrisia de dizer que não mato animais, logo eu, um vegetariano, pois isso seria uma mentira. O que posso dizer é que eu tenho consciência das minhas escolhas, e eu sei das consequências que isto me trará, e o quanto de sofrimento que posso poupar dos meus irmãos.

Não posso, no entanto, me calar diante das injustiças que aparecem, sejam elas sobre o direito dos animais, ou entre os humanos (que para mim, são a mesma coisa). O que é preciso fazer então? Primeiro, é preciso entender que você não é melhor que ninguém, e nem precisa ser, como eles (os que dominam o mundo) querem que você pense assim. Não é necessário ser alguém, não é necessário que possua um diploma universitário, um doutorado, um carro do ano, uma casa própria, uma família sua e filhos, ter feito intercâmbio no Canadá, ou o que mais que seja, para que você seja feliz, ou seja alguém. Gosto do que Osho diz: “você já é aquilo que quer se tornar.” Realmente, já somos tudo aquilo que precisamos ser, a questão é só dominar o nosso ego, e aceitar a sua verdade. Questione tudo e todos. Encontre suas respostas. Molde sua realidade de acordo com que acredita. E consiga dormir em paz, todos os dias. Coisas simples e coisas complicadas de se fazer.

Na primeira parte, sugeri uma sociedade totalmente oposta, utópica, do que vemos hoje. Após ler Chomsky, percebo que não poderíamos destruir todas as conquistas que alcançamos nas sociedades democráticas que temos hoje. Seria um tiro no pé gigantesco, pois, da maneira que eu entendo, as pessoas ainda não estão prontas para não ter líderes. Elas ainda não sabem conviver com o poder que possuem, como Osho costumava dizer, somos todos deuses. Creio que Noam Chomsky não aprovaria minhas analogias de seus argumentos com Osho, mas, como disse, tudo está conectado.
A única maneira que vejo como solução para o que me angustiava é a educação das pessoas. É preciso uma reforma na educação a nível pessoal e individual, de cada ser humano na Terra, para que saibam quem são, e saibam quanto eles podem ser livres, e o quanto são imortais. É preciso educar as pessoas sobre a morte, sobre a vida, sobre a fé (que nada tem a ver com ser religioso), sobre o medo. A ignorância é vizinha da maldade, como dizia Renato Russo. É preciso que haja pessoas mais humanas, no sentido de que sabem exatamente como agem, como pensam, quais serão seus atos e suas consequências. Educar a sentir. Enquanto não houver uma revolução na educação, não poderemos cobrar nada das gerações futuras.

Creio eu que um dia há de ter uma terceira parte para esta proposta, Mas até lá, espero que consiga entender que você não é diferente do seu parceiro, dos seus pais, dos seus candidatos, dos seus animais domésticos, dos animais que paga alguém para matar para comê-los… Não importa que cor seja sua pele, que raça eles dizem que você é, que opção sexual tenha… Qualquer besteira que cataloguem você, lembre-se: você não é o que eles dizem que seja. Você é único, não há e nunca terá alguém idêntico a você, em toda a existência.

Eu não sou homem, nem sou mulher. Não sou heterossexual ou homossexual. Não sou moreno nem caucasiano. Não sou jovem demais ou velho demais. Serei apenas o rótulo que eu quiser me dar, se assim me for confortável. Para ser sincero, eu ainda não sei quem sou, mas estamos aí na atividade, para descobrir. Espero que um dia possamos conversar mais.


Tenha uma boa sorte.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O Amor é o mesmo

"A sinceridade requer coragem. E os corajosos são uma raça quase extinguida."
(Alma Glini) 

Creio ter chegado num momento da minha vida no qual o autoconhecimento é tudo que me move. Por consequência, tenho desaprendido muitas coisas a fim de me trazer ao novo Víctor que sou hoje. Um personagem que tem muito me auxiliado nesse processo é Osho. Tudo começou após a leitura do livro Maturidade. Me fez quebrar muitos paradigmas, e me fez abandonar certas verdades que não eram nada mais que ilusões. Descobri que para algumas coisas eu era maduro, para outras não, mas que nenhuma delas tinham a ver com minha idade. Da Maturidade, parti para o Livro das Mulheres, e descobri todo um universo que desconhecia, ou tinha receio de me aventurar. Descobri o quanto sou mulher, e quanto isso é bom. Osho me as apresentou de um modo que não sentia antes, todos os homens deveriam lê-lo. Ele me fez me apaixonar mais pelo lado feminino, me fez mais sensível, e graças a isso, me sinto mais conectado ao mundo. Do Livro das Mulheres, comecei a ler Criatividade. Osho me apresentou o mar de infinitas possibilidades da criação. Me trouxe uma resposta que quebrou uma das máximas que regia minha mente, que era a de encontrar um sentido para minha vida. Segundo ele, não há como encontrar um sentido, porque ele não está escondido em algum lugar, ele nem sequer existe para ser encontrado. Quem o procura em vida, nunca o encontrará. O sentido da sua vida é você quem cria. Você é o criador da sua vida, e o sentido dela é de responsabilidade de sua inteira criatividade. Isto sim, faz todo o sentido! Desde que comecei a ouvir Osho, e refletir sobre o que ele diz, tenho sido mais transparente, tenho dito, e não dito (quando não é necessário dizer nada), as coisas que sinto no coração mais abertamente para as pessoas que me rodeiam, e creio que isso as assuste um pouco. Não estão acostumadas com isso. Ler Osho é como conversar com meu Mestre, aquele que eu sentia saudades de ouvir. O que gosto em Osho é que ele é mais direto, mais sincero do que qualquer outra pessoa que conheço; essa qualidade da sinceridade é o que mais me atrai em seus discursos. É o que eu mais procuro ser, e o que mais busco nas pessoas. E a sinceridade é tão inocente, tão infantil, que as pessoas não gostam dela tanto assim. Ele diz que a espontaneidade é a chave de viver realmente. Eu fui criado assim, a ser espontâneo; a criar qualquer coisa. A imaginar. E como sou assim, tenho buscado pessoas assim também para caminhar comigo. Chego à conclusão, neste momento, de que ler Osho é como conversar com uma extraterrestre que conheço. Os chacoalhões são iguais. As verdades são muito parecidas. E o Amor é o mesmo. E esse é meu vômito, como diz Osho.


domingo, 7 de dezembro de 2014

A hipocrisia fala alto

(Víctor Lemes)


Vivemos num mundo hipócrita, o que faz de você um hipócrita também. Há um sistema muito bem feito que te controla, e que te dá falsas liberdades para que você as compre e sinta-se diferente. Mas, no fim, você é o mesmo que o vizinho. Sua grama é a mesma que a dele, seus sonhos são os mesmos que os dele. Você diz se importar com os outros, mas quer dividir o país em dois lados. Você diz amar os animais, mas vai à churrascaria aos domingos. Você diz que futebol é coisa pra alienados, mas assiste à fórmula 1 nas manhãs de sábado e domingo. Você reclama dos serviços públicos de saúde, enquanto continuando se alimentando e ingerindo coisas tóxicas no seu organismo. Você diz ser o maior revolucionário, e morre de medo de cortar o cabelo diferente. Você mete o pau na ignorância do pobre, enquanto assiste as novelas da TV. Você se acha o maior entendedor das matérias escolares, mas não sabe o porquê da própria existência. Você diz economizar água nos banhos, enquanto enche o prato de carne. Você se diz amigo do meio ambiente, e continua jogando lixo reciclável no lixo orgânico. A hipocrisia é uma máscara muito bem criada pelos criadores e mantenedores deste sistema atrasado, sujo, e desgraçado. Onde o que importa mais é o controle, seja da Natureza, das criaturas, das regras. A hipocrisia nasce do julgamento. No momento que seguir o que meu Mestre nos ensinou, o de não julgar, mesmo que acredite que esteja certo, só então essas máscaras hão de cair. Não precisará mais delas; um ancião judeu há muito disse: cada pessoa é um mundo diferente, deixe que cada uma cuide do seu poço. Quem sou eu para aprovar alguém em algo? Quem sou eu para dizer que isto ou aquilo está errado? Quem sou eu para assumir que eu sei de tudo? Quem sou eu para ser tão ignorante assim? Por certo, sou um humano. Enquanto deus, sou diferente. O mundo precisa, e quando digo "mundo" me refiro ao seu "dia a dia", de deuses. Um deus que segue os sussurros de Ab-bã, o de não-julgamento, o de amor a todos, sem distinções... O amor que não vê cor, raça, espécie, pois todas elas não passam de palavras, criações humanas, de línguas puramente humanas. Pergunto-me uma vez mais se há outros como nós por perto? Pergunto-me pois, se se perguntam também sobre essas coisas? Se usam suas massas cinzentas para reflexões extraterrenas? Se já despertaram para a vida Eterna, ou se preferem acreditar que o purgatório as esperam num julgamento hipotético final? Quantos de vocês se viram neste texto? Quantos de vocês não vão apenas curti-lo e compartilhá-lo? Quantos de vocês vão julgar-me os argumentos? Quantos de vocês vão perder "tempo" lendo-o até aqui? Quantos de vocês vão, de fato, entender o real motivo de existirmos? Quantos de vocês, se perderão no labirinto do Amor por pura e espontânea vontade? Quantos...

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Tendo amado apenas uma vez

(Víctor Lemes)

Tem uma música de Raul Seixas no qual ele afirma que ninguém é feliz na vida, tendo amado apenas uma vez. Acontece que eu não sou fã de Raul, se conheço umas três músicas dele e sei cantar o refrão de uma delas já é muito. Não tenho uma longa experiência de vida, tenho só vinte e cinco anos, mas desse pouco tempo nesta vida, já vi tanta coisa, e já descobri tantas outras, que me dão a vontade de hoje eternizar virtualmente uma parte da minha verdade. Verdade essa que não é absoluta, mas sendo minha verdade, rege minha vida e para mim, é "a" verdade. (Muito embora, as verdades caem por terra de tempos em tempos, como o Mestre me pedia sempre: "Desaprende, mal'ak!").

Como um bom geminiano, já me apaixonei diversas vezes, e sempre por pessoas que não davam a mínima para minha existência. Desde muito jovem, via os irmãos mais velhos dos meus amigos namorando, e me imaginava com alguém... Lembro de desde muito jovem escrever cartas para dizer que gostava da Heloísa da 1ª série. Mesmo sabendo do provável "não", eu escrevia, pois minha mãe sempre me incentivou a isso. Ela dizia que se você gosta de alguém, a pessoa precisa saber disso. E por todos esses anos, eu me propus a isso. Mais tarde, ao ouvir Coldplay, você percebe que essa ideia de contar não é só da minha mãe, é uma intuição dos mais sensíveis; Chris Martin, vocalista da banda, canta em uma das músicas: "if you love me, why won't you let me know?" (se você me ama, por que não me conta?, em tradução livre).

Contudo, uma coisa que aprendi com o Galileu, o qual hoje sinto saudade, é que o amor com maiúscula não se escolhe. Não é como Raul pensava, o Amor é mais do que contar quantas vezes você gostou de alguém; Ele apenas é. No momento que nascemos, e tudo que fazemos se torna uma via para que o Amor se propague. Cheguei a mesma conclusão que Renato Russo, anos atrás, de que se o amor é verdadeiro não existe sofrimento. O Amor não é o oposto do ódio, porque se assim fosse é como dizer que no Amor falta algo, como se o Amor fosse apenas parte da perfeição. E não é assim; o Amor é o ódio também. Nele estão todas as coisas, pois Ele é como uma energia que criou tudo. E tudo com um propósito, que posso não entender agora nesta vida ínfima que levo na quarta dimensão, mas que sobretudo devo acreditar que há um porquê maior. Devo porque o Mestre sempre me pediu isso: "Confia, mal'ak!", confia que o Pai não erra.

Vejo casais de namorados que postam fotos juntos aqui e acolá, e nas legendas escrevem coisas como "5 meses juntos!", e me pergunto: por que valorizar tanto o tempo que estão juntos? O número de meses ou anos vai interferir na quantidade de amor que um tem para o outro? É como se apostassem qual casal fica por mais tempo juntos, mas "juntos" não é sinônimo perfeito de "unidos". Eu posso olhar para uma criança hoje, e sinto que meu coração e meu corpo todo se movimenta mais feliz para com ela, porque naquele momento, o Amor se dá por meu intermédio. Namorar hoje em dia, aliás, como sempre foi, nada mais é do que ter alguém ao seu lado, que lhe beije na boca, que durma com você, que passeie juntos. Quão triste deve ser a vida de alguém se for fazer apenas isso! Entendo o namoro como outra coisa, mais simples: namorar é como ser a raposa amiga do príncipe, se tornar eternamente responsável pelo elo que criou com a pessoa que está ao seu lado; e não apenas isso, para que um namoro dure, uma relação dure, é preciso ter conversas! E não do tipo em que eu falo, e o outro apenas concorda... pois isso não é diálogo, é monólogo. E de monólogos, muitos casamentos chegaram ao fim.

Para que haja uma parceria duradoura, o que eu na minha humilde opinião penso, é preciso que um aprenda com o outro. Porque nós viemos para cá para aprender, e quando compartilhamos o saber, o resultado é muito gratificante. Creio eu que namorar é isso: aprender e desaprender com o outro, e se abraçar... Gosto como Khalil Gibran dizia, que os enamorados ao se abraçarem não estão abraçando um a outro, mas sim, o Amor que está entre um corpo e outro. É exatamente isso. É exatamente isso... Ainda não encontrei alguém assim, e podem me julgar a vontade, mas de uma coisa eu sei: graças a tudo que li, ouvi, e vivi, hoje eu sei o que é Amar...

Dedicado ao Micael de Nébadon, que tive a oportunidade de conhecer. E que hoje bate essa saudade.

domingo, 18 de maio de 2014

Desaprende!

(Víctor Lemes)

No passado, eles atacaram e assassinaram muitos artistas; agora, estão mirando suas armas para outros que, da mesma forma, têm inspirado poucos a iniciar uma verdadeira revolução. Aqueles que fazem esse papel serão eliminados não importa quem sejam. Eles pensam que nos conhecem apenas pelo fato de ter-nos injetado seu DNA através dos séculos, e tem modificado nossas vidas para algo que somente eles particularmente apreciam. Contudo, eles não têm idéia alguma sobre quem nós realmente somos. A verdadeira revolução não começará aqui. A verdadeira revolução começou em outros planos. À propósito, sua própria revolução está prestes a começar agora.

O fato está bem à nossa frente: tanto nós quanto eles não temos idéia alguma do que realmente nos espera quando atravessarmos os limites dessa vida. Portanto, eles tem nos moldado para que cabessemos nessas caixas as quais chamamos de “nossas próprias vidas”, que aliás nunca serão nossas próprias verdadeiramente. Preferiria chamá-las de “sistema”. O que é um sistema? E para que serve um? Para controlar informações. Cada um de nós é uma informação. Pense nisso nestes minutos seguintes.

Que verdade nos foi contada? Pense nas coisas simples, tais como as que chamo “de sete”. Há sete pecados capitais; sete maravilhas do mundo; sete notas musicais; sete universos; sete anões; sete cores do arco-íris; sete continentes; etc. Agora, me diga: se você acredita em um Deus ou em algo maior lá fora que criou, por alguma razão aleatória, todo nosso universo e nossas vidas, e ainda assim é infinito, por que haveria de ter apenas sete cores? Ou sete notas musicais? Sério, qual é a lógica de ter que criar um limite para coisas que originalmente são ilimitadas? Por que o ser humano se importa tanto em contar coisas que são essencialmente incontáveis? Quanto desperdício de energia; não de tempo, por certo.

Já discuti algumas vezes sobre a importância (ou não) de uma língua. Não deveria haver em nós a necessidade de falar uma língua, porque éramos capazes de dizer o que pensávamos literalmente. No entanto, se eles nos ensinaram como falar com um grupo limitado de palavras a fim de nos comunicarmos, muitas coisas que gostaríamos de falar sobre, e não estivessem inseridas naquele grupo seriam impossíveis de falar. Se quiser manter seus pensamentos apenas dentro da sua mente, ensine o ser humano a se comunicar usando a cabeça e não o coração. Como um professor de português e inglês, e estudante de japonês e espanhol, poderia lhe garantir que há sentimentos que podemos expressar em português, todavia, seria quase impossível traduzi-lo para o inglês. E vice-versa. Resumindo, a língua se tornou outro sistema que tem como seu único objetivo limitar o falante, fazendo assim com que este pense de maneira limitada. Sua mente presa numa gaiola.

Outro grande paradigma que pediram para que aceitássemos e seguíssemos todos esses anos é o que chamo de “dualidade”. Há o bom e o mau; o negro e o branco; sim e não; tudo e nada; homem e mulher; macho e fêmea; heterossexual e gay; dia e noite; paraíso e inferno; etc. Quem poderia afirmar que certo filme é bom enquanto temos outra pessoa que afirma justamente o oposto? Quem está certo ou errado? Respondo-lhe: ninguém. Visto que não há nada diferente na vida. Quando algo é perfeito, assim o é, pois, conciliou ter a mesma quantidade de ambos os “lados”. Quando nascemos, o médico ou enfermeira avisou nossas mães que éramos um “menino” ou uma “menina”... e seguindo esse paradigma, se sou um garoto, estou “condenado” a amar apenas meninas, a ter um emprego, começar uma família, comprar um carro novo, ser interessado em automóveis e futebol, etc. Se sou uma menina, estou “condenada” a amar somente meninos, cuidar da casa, do marido, ter bebês, preferencialmente não trabalhar fora, assistir a novelas e filmes nacionais, etc. E, sobretudo, ser um menino ou menina heterossexual é bom. Um menino gay ou uma menina lésbica não é. Ponto-final. Vamos limitar, uma vez mais, nossas mentes já tão limitadas. A imagem de um homem sendo o forte, e da mulher a fraca, é tão idiota que eu absolutamente ignoro pessoas que tem este tipo de mentalidade.

Não apenas acredito, eu sei (!) que temos um potencial de energia ilimitado para fazermos qualquer coisa que eles tem-nos dito ser impossível de fazer. Há muitas pessoas que tem despertado suas mentes para a realidade. Sou uma de muitas delas. E estou lhe convidando a ir para linha da frente, e fazer alguma coisa incrível, “impossível”, quebrar os paradigmas da sua própria comunidade, pensar diferente, não permita que eles o rotulem como algo genérico: você é um indivíduo que é único e que, ao mesmo tempo, faz parte de cada pequena coisa que existe ( e que ainda nem existe!) nessa jornada infinita. Lhe convido a acordar desse sonho. Lhe convido a fechar os olhos e abrir-se para todo o universo. Você é capaz. Você é belo. Você é poderoso. Você é ilimitado.

Pegue minha mão. Siga-me. Melhor ainda, siga-nos. Pela vida!