(Víctor Lemes)
Vivemos num mundo hipócrita, o que faz de você um hipócrita também. Há um sistema muito bem feito que te controla, e que te dá falsas liberdades para que você as compre e sinta-se diferente. Mas, no fim, você é o mesmo que o vizinho. Sua grama é a mesma que a dele, seus sonhos são os mesmos que os dele. Você diz se importar com os outros, mas quer dividir o país em dois lados. Você diz amar os animais, mas vai à churrascaria aos domingos. Você diz que futebol é coisa pra alienados, mas assiste à fórmula 1 nas manhãs de sábado e domingo. Você reclama dos serviços públicos de saúde, enquanto continuando se alimentando e ingerindo coisas tóxicas no seu organismo. Você diz ser o maior revolucionário, e morre de medo de cortar o cabelo diferente. Você mete o pau na ignorância do pobre, enquanto assiste as novelas da TV. Você se acha o maior entendedor das matérias escolares, mas não sabe o porquê da própria existência. Você diz economizar água nos banhos, enquanto enche o prato de carne. Você se diz amigo do meio ambiente, e continua jogando lixo reciclável no lixo orgânico. A hipocrisia é uma máscara muito bem criada pelos criadores e mantenedores deste sistema atrasado, sujo, e desgraçado. Onde o que importa mais é o controle, seja da Natureza, das criaturas, das regras. A hipocrisia nasce do julgamento. No momento que seguir o que meu Mestre nos ensinou, o de não julgar, mesmo que acredite que esteja certo, só então essas máscaras hão de cair. Não precisará mais delas; um ancião judeu há muito disse: cada pessoa é um mundo diferente, deixe que cada uma cuide do seu poço. Quem sou eu para aprovar alguém em algo? Quem sou eu para dizer que isto ou aquilo está errado? Quem sou eu para assumir que eu sei de tudo? Quem sou eu para ser tão ignorante assim? Por certo, sou um humano. Enquanto deus, sou diferente. O mundo precisa, e quando digo "mundo" me refiro ao seu "dia a dia", de deuses. Um deus que segue os sussurros de Ab-bã, o de não-julgamento, o de amor a todos, sem distinções... O amor que não vê cor, raça, espécie, pois todas elas não passam de palavras, criações humanas, de línguas puramente humanas. Pergunto-me uma vez mais se há outros como nós por perto? Pergunto-me pois, se se perguntam também sobre essas coisas? Se usam suas massas cinzentas para reflexões extraterrenas? Se já despertaram para a vida Eterna, ou se preferem acreditar que o purgatório as esperam num julgamento hipotético final? Quantos de vocês se viram neste texto? Quantos de vocês não vão apenas curti-lo e compartilhá-lo? Quantos de vocês vão julgar-me os argumentos? Quantos de vocês vão perder "tempo" lendo-o até aqui? Quantos de vocês vão, de fato, entender o real motivo de existirmos? Quantos de vocês, se perderão no labirinto do Amor por pura e espontânea vontade? Quantos...
domingo, 7 de dezembro de 2014
A hipocrisia fala alto
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário