(Víctor Lemes)
Tem uma música de Raul Seixas no qual ele afirma que ninguém é feliz na vida, tendo amado apenas uma vez. Acontece que eu não sou fã de Raul, se conheço umas três músicas dele e sei cantar o refrão de uma delas já é muito. Não tenho uma longa experiência de vida, tenho só vinte e cinco anos, mas desse pouco tempo nesta vida, já vi tanta coisa, e já descobri tantas outras, que me dão a vontade de hoje eternizar virtualmente uma parte da minha verdade. Verdade essa que não é absoluta, mas sendo minha verdade, rege minha vida e para mim, é "a" verdade. (Muito embora, as verdades caem por terra de tempos em tempos, como o Mestre me pedia sempre: "Desaprende, mal'ak!").
Como um bom geminiano, já me apaixonei diversas vezes, e sempre por pessoas que não davam a mínima para minha existência. Desde muito jovem, via os irmãos mais velhos dos meus amigos namorando, e me imaginava com alguém... Lembro de desde muito jovem escrever cartas para dizer que gostava da Heloísa da 1ª série. Mesmo sabendo do provável "não", eu escrevia, pois minha mãe sempre me incentivou a isso. Ela dizia que se você gosta de alguém, a pessoa precisa saber disso. E por todos esses anos, eu me propus a isso. Mais tarde, ao ouvir Coldplay, você percebe que essa ideia de contar não é só da minha mãe, é uma intuição dos mais sensíveis; Chris Martin, vocalista da banda, canta em uma das músicas: "if you love me, why won't you let me know?" (se você me ama, por que não me conta?, em tradução livre).
Contudo, uma coisa que aprendi com o Galileu, o qual hoje sinto saudade, é que o amor com maiúscula não se escolhe. Não é como Raul pensava, o Amor é mais do que contar quantas vezes você gostou de alguém; Ele apenas é. No momento que nascemos, e tudo que fazemos se torna uma via para que o Amor se propague. Cheguei a mesma conclusão que Renato Russo, anos atrás, de que se o amor é verdadeiro não existe sofrimento. O Amor não é o oposto do ódio, porque se assim fosse é como dizer que no Amor falta algo, como se o Amor fosse apenas parte da perfeição. E não é assim; o Amor é o ódio também. Nele estão todas as coisas, pois Ele é como uma energia que criou tudo. E tudo com um propósito, que posso não entender agora nesta vida ínfima que levo na quarta dimensão, mas que sobretudo devo acreditar que há um porquê maior. Devo porque o Mestre sempre me pediu isso: "Confia, mal'ak!", confia que o Pai não erra.
Vejo casais de namorados que postam fotos juntos aqui e acolá, e nas legendas escrevem coisas como "5 meses juntos!", e me pergunto: por que valorizar tanto o tempo que estão juntos? O número de meses ou anos vai interferir na quantidade de amor que um tem para o outro? É como se apostassem qual casal fica por mais tempo juntos, mas "juntos" não é sinônimo perfeito de "unidos". Eu posso olhar para uma criança hoje, e sinto que meu coração e meu corpo todo se movimenta mais feliz para com ela, porque naquele momento, o Amor se dá por meu intermédio. Namorar hoje em dia, aliás, como sempre foi, nada mais é do que ter alguém ao seu lado, que lhe beije na boca, que durma com você, que passeie juntos. Quão triste deve ser a vida de alguém se for fazer apenas isso! Entendo o namoro como outra coisa, mais simples: namorar é como ser a raposa amiga do príncipe, se tornar eternamente responsável pelo elo que criou com a pessoa que está ao seu lado; e não apenas isso, para que um namoro dure, uma relação dure, é preciso ter conversas! E não do tipo em que eu falo, e o outro apenas concorda... pois isso não é diálogo, é monólogo. E de monólogos, muitos casamentos chegaram ao fim.
Para que haja uma parceria duradoura, o que eu na minha humilde opinião penso, é preciso que um aprenda com o outro. Porque nós viemos para cá para aprender, e quando compartilhamos o saber, o resultado é muito gratificante. Creio eu que namorar é isso: aprender e desaprender com o outro, e se abraçar... Gosto como Khalil Gibran dizia, que os enamorados ao se abraçarem não estão abraçando um a outro, mas sim, o Amor que está entre um corpo e outro. É exatamente isso. É exatamente isso... Ainda não encontrei alguém assim, e podem me julgar a vontade, mas de uma coisa eu sei: graças a tudo que li, ouvi, e vivi, hoje eu sei o que é Amar...
Dedicado ao Micael de Nébadon, que tive a oportunidade de conhecer. E que hoje bate essa saudade.
Tem uma música de Raul Seixas no qual ele afirma que ninguém é feliz na vida, tendo amado apenas uma vez. Acontece que eu não sou fã de Raul, se conheço umas três músicas dele e sei cantar o refrão de uma delas já é muito. Não tenho uma longa experiência de vida, tenho só vinte e cinco anos, mas desse pouco tempo nesta vida, já vi tanta coisa, e já descobri tantas outras, que me dão a vontade de hoje eternizar virtualmente uma parte da minha verdade. Verdade essa que não é absoluta, mas sendo minha verdade, rege minha vida e para mim, é "a" verdade. (Muito embora, as verdades caem por terra de tempos em tempos, como o Mestre me pedia sempre: "Desaprende, mal'ak!").
Como um bom geminiano, já me apaixonei diversas vezes, e sempre por pessoas que não davam a mínima para minha existência. Desde muito jovem, via os irmãos mais velhos dos meus amigos namorando, e me imaginava com alguém... Lembro de desde muito jovem escrever cartas para dizer que gostava da Heloísa da 1ª série. Mesmo sabendo do provável "não", eu escrevia, pois minha mãe sempre me incentivou a isso. Ela dizia que se você gosta de alguém, a pessoa precisa saber disso. E por todos esses anos, eu me propus a isso. Mais tarde, ao ouvir Coldplay, você percebe que essa ideia de contar não é só da minha mãe, é uma intuição dos mais sensíveis; Chris Martin, vocalista da banda, canta em uma das músicas: "if you love me, why won't you let me know?" (se você me ama, por que não me conta?, em tradução livre).
Contudo, uma coisa que aprendi com o Galileu, o qual hoje sinto saudade, é que o amor com maiúscula não se escolhe. Não é como Raul pensava, o Amor é mais do que contar quantas vezes você gostou de alguém; Ele apenas é. No momento que nascemos, e tudo que fazemos se torna uma via para que o Amor se propague. Cheguei a mesma conclusão que Renato Russo, anos atrás, de que se o amor é verdadeiro não existe sofrimento. O Amor não é o oposto do ódio, porque se assim fosse é como dizer que no Amor falta algo, como se o Amor fosse apenas parte da perfeição. E não é assim; o Amor é o ódio também. Nele estão todas as coisas, pois Ele é como uma energia que criou tudo. E tudo com um propósito, que posso não entender agora nesta vida ínfima que levo na quarta dimensão, mas que sobretudo devo acreditar que há um porquê maior. Devo porque o Mestre sempre me pediu isso: "Confia, mal'ak!", confia que o Pai não erra.
Vejo casais de namorados que postam fotos juntos aqui e acolá, e nas legendas escrevem coisas como "5 meses juntos!", e me pergunto: por que valorizar tanto o tempo que estão juntos? O número de meses ou anos vai interferir na quantidade de amor que um tem para o outro? É como se apostassem qual casal fica por mais tempo juntos, mas "juntos" não é sinônimo perfeito de "unidos". Eu posso olhar para uma criança hoje, e sinto que meu coração e meu corpo todo se movimenta mais feliz para com ela, porque naquele momento, o Amor se dá por meu intermédio. Namorar hoje em dia, aliás, como sempre foi, nada mais é do que ter alguém ao seu lado, que lhe beije na boca, que durma com você, que passeie juntos. Quão triste deve ser a vida de alguém se for fazer apenas isso! Entendo o namoro como outra coisa, mais simples: namorar é como ser a raposa amiga do príncipe, se tornar eternamente responsável pelo elo que criou com a pessoa que está ao seu lado; e não apenas isso, para que um namoro dure, uma relação dure, é preciso ter conversas! E não do tipo em que eu falo, e o outro apenas concorda... pois isso não é diálogo, é monólogo. E de monólogos, muitos casamentos chegaram ao fim.
Para que haja uma parceria duradoura, o que eu na minha humilde opinião penso, é preciso que um aprenda com o outro. Porque nós viemos para cá para aprender, e quando compartilhamos o saber, o resultado é muito gratificante. Creio eu que namorar é isso: aprender e desaprender com o outro, e se abraçar... Gosto como Khalil Gibran dizia, que os enamorados ao se abraçarem não estão abraçando um a outro, mas sim, o Amor que está entre um corpo e outro. É exatamente isso. É exatamente isso... Ainda não encontrei alguém assim, e podem me julgar a vontade, mas de uma coisa eu sei: graças a tudo que li, ouvi, e vivi, hoje eu sei o que é Amar...
Dedicado ao Micael de Nébadon, que tive a oportunidade de conhecer. E que hoje bate essa saudade.