Brasil, por tudo!

Você ainda sabe o que é ser nacionalista?

El Derecho Al Delirio

Uma mensagem de Eduardo Galeano. Assista!

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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sou um sonhador

Desde aquela Heloísa, na primeira série, passei a buscar amores. Influenciado pelos filmes, talvez; ou pelos mais velhos, que se aventuravam em constantes relacionamentos fugazes. Passei a buscar alguém para se gostar, já que naquela época eu não conhecia o Amor. E foram tantos os dias que foram como aquela música do Lulu, "a menina mais bonita também era a mais rica, e me fazia de escravo pro seu bel-prazer." Talvez eu deveria culpar meu signo, por ser tão aficcionado em relacionamentos; por ser assim, tão imaginativo e disperso. Li num dos livros de Augusto Cury que o cérebro humano é tão bem feito, que até quando não temos um problema, nós criamos um, só para que tenhamos algo para nos desafiar. Interessante, não é? Pois é, também acho. Certo, mas aonde pretendo chegar com essa precária introdução, o hipotético leitor me pergunta. Sabe, nunca fui bom com início de textos, prefiro o desenvolvimento, e a conclusão sai mais ou menos. Pensando melhor, esta última frase resume bem meus quase-relacionamentos: não sei como começá-los, ou nunca sei como começar bem, pelo menos.

Estive pensando e refletindo por um bom tempo já, eu diria que cerca de uns dois meses, sobre namorar. Meu professor de metodologia me mataria agora, mas sou assim, oras: trocando em miúdos, acho que namorar deveria ser sinônimo de aprender com o outro, e nada mais. Digo que meu professor me mataria , pois ele sempre nos diz que devemos falar do todo primeiro, e depois falarmos da parte que nós queremos. Pois é, acabei de quebrar seu paradigma.

Li um livro um tempo atrás, onde falava-se de um planeta onde não havia casamento, por conseguinte, não havia maridos ou esposas, namorados e namoradas. Todos se amavam, e todos eram felizes assim. Ninguém era de ninguém. Não havia ciúmes, não havia rancores. Estavam em eterno namoro. Muitas pessoas que leram esse livro, principalmente adultos, chegaram a duvidar que isso existia. Mas como Jesus costumava me dizer desde os quatorze anos de idade, "tudo que imaginas já existe", não duvido que isso um dia seja possível.

Daí em diante, comecei a refletir sobre os relacionamentos do mundo. Me imaginei namorando alguém no modelo que vejo todos os dias. Eu, um rapaz bem-sucedido no emprego, ela uma moça bonita que trabalha em alguma firma multinacional, super bem posicionada na companhia. Eu, nunca tenho tempo de vê-la durante a semana, só aos sábados e domingos. Aliás, apenas alguns sábados, já que ela deve trabalhar algum deles também, os turnos da empresa são malucos. Aos domingos nos vemos, nos beijamos, nos abraçamos; vamos a algum cinema, assistimos a um filme nacional novo, o comentamos enquanto vamos nos sentar na guia da calçada, próximo ao ponto de ônibus. Sim, ainda não tenho carro, uso o da empresa nos dias de semana (o ganhamos da mão do presidente, graças ao nosso trabalho bem-feito durante um ano inteiro.)

Eu digo que a amo, ela me diz o mesmo. Voltamos para casa, um dia estamos bem entretidos um com ou outro, e uma beijo leva a outro, e num segundo estou debaixo de seus edredons, e então fazemos o tão famoso "amor". E o "namoro" então sucede dessa forma nos próximos seis anos. Caímos na rotina, desistimos um do outro, e fim. Sim, eu consigo ser melodramático quando quero. Pensando nessa rotina de "namoro" que senti a urgência de escrever sobre, e aliviar a mente, visto que eu não falo, apenas escrevo.

Esse tipo de "namoro", o mais frequente hoje em dia, eu não quero... Depois de tanto que li, que ouvi, e que vi, sobre a realidade (e não me refiro à esta vida), não creio que namorar seja composto desses ingredientes puramente físicos. Afinal, eu poderia me arriscar aqui e dizer que o beijo foi convencionado para que parecesse algo estritamente amoroso; "Só se beija na boca quem namora. Todo mundo de acordo?", "Sim, senhor!". Há quem acredite que namorar é uma porta que se abre quando se quer beijar na boca e fazer "aquilo". Inutilidade. 

Digo mais, e não me arrisco demais ao desejar isto: quando um dia eu ficar com aquela que amo, não quero dela o melhor dos beijos, nem o melhor dos sexos, nem o melhor dos instantes; quero que ela me ensine o que ela sabe. E quero fazer o mesmo a ela. Quero trocar experiências novas, não quero repetir "experiências". Não caiamos na rotina. Quero dela a Verdade que tanto busco. Quero ser a Verdade que ela busca, ou pelo menos a ferramente para que ela A encontre.

Meu Amor um dia me perguntara se eu vivia de poesia, se era possível viver de poesia todos os dias. Eu digo que a história do Eduardo e da Mônica é tão real quanto quem escreve este texto sem sentido, ou quem lê estas frases sem mérito algum.

Agradeço ao Pai por ter me dado a chance de Sonhar.